Há cerca de um mês, Joseph, um garoto esguio de 10 anos de idade com olhos de um verde profundo, mergulhou pelo poço de elevador do seu prédio, aterrissando no cimento cinco andares abaixo. Graças à equipe de especialistas em traumatologia no Hadassah Medical Center, ele agora está dedilhando músicas no seu tablet com seu terapeuta musical.

Havia sido uma noite fria e chuvosa em Kafr Akab, o bairro mais ao norte de Jerusalém, e Jospeh havia perguntado aos seus pais se podia ir brincar com um amigo de escola que mora no quinto andar. Ele pegou o elevador, desceu de seu apartamento e tocou a campainha, mas seu amigo não estava em casa. Desapontado, Joseph chamou o elevador para voltar para o seu apartamento. Quando a porta se abriu, ele entrou.

Só que o elevador não estava lá.

Joseph foi levado às pressas para o Hadassah Hospital Ein Kerem, onde o Dr Miklosh Bala, chefe da unidade de trauma, e uma equipe de especialistas começaram a longa jornada para salvar a vida de Joseph – de estabelecer uma via aérea, estancar a hemorragia cerebral, fechar a grossa membrana que cobre o cérebro e a medula espinhal, reparar as rachaduras na base anterior de seu crânio, até recriar seu rosto. Por sorte, o Dr Samuel Moscovici, um neurocirurgião sênior, se especializara em microcirurgia da base do crânio em um programa de bolsa de estudos. E mais sorte: apoiadores do Hadassah France haviam doado recentemente um sofisticado microscópio Kinevo 900 que tornou o processo de sutura mais rápido e preciso.

Mesmo assim, o cirurgião bucomaxilofacial Adir Cohen comentou, “Quando vi Joseph pela primeira vez, eu não tinha certeza que podíamos fazer alguma coisa.”

Apesar da multiplicidade dos ferimentos de Joseph, a equipe de especialistas do Hadassah perseverou, continuando a operar durante toda a noite.

“Estou otimista quanto à cicatrização das fraturas”, disse o ortopedista pediátrico. “Seu cérebro parece estar bem”, disse o neurocirurgião. “Nós achamos que ele ficará perfeito”, disse o cirurgião maxilofacial. “Foi o pior caso que eu já vi na vida onde os resultados foram tão extraordinários”.

Leia a matéria sobre este “muejaza” (milagre) realizado pela equipe cirúrgica do Hadassah no The Jerusalem Post.