Três anos e meio atrás, Chen Nistafov, então com 25 anos, engravidou pela primeira vez com alegria. Ela era jovem e saudável e tudo parecia bem. Chen e seu marido esperavam com felicidade a paternidade quando, com 25 semanas, ela entrou em trabalho de parto e perdeu o bebê. Sua dor e sofrimento foram parcialmente amenizados quando ela engravidou novamente. Mas desta vez, apesar de ser acompanhada em uma clínica de saúde local, com 24 semanas ela entrou novamente em trabalho de parto. Ela foi levada às pressas para o Hospital Hadassah, onde deu à luz por cesariana de emergência.

“Foi assim que nasceu nossa anjo Ariel”, diz Nistafov.

Quando os bebês nascem tão cedo, seu coração, pulmões, cérebro e outros órgãos são muito imaturos e não estão prontos para sustentar a vida fora do útero. Durante oito meses, Ariel passou por cirurgias das que salvam vidas e recebeu cuidados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Hoje, ela ainda está recebendo tratamento em uma clínica de reabilitação.

“Depois de um tempo, meu marido e eu decidimos discutir a opção de outra gravidez, já sabendo dos perigos envolvidos”, diz Nistafov.

A essa altura, ela já tinha ouvido falar da Dr. Doron Kabiri, uma Obstetra do Hadassah e especialista em Medicina Materno-fetal que aperfeiçoou seus conhecimentos e habilidades nessa especialidade durante uma bolsa de estudos no Perinatology Research Branch do NICHD/NIH nos EUA, trabalhando com o especialista mundial materno-fetal Dr. Roberto Romero.

Após uma longa consulta, a Dra. Kabiri explicou os riscos para ela e para o bebê e o que ela teria que fazer para completar uma futura gravidez.

“Ele prometeu estar lá ‘passo a passo’, mas também devo dizer que foi de mãos dadas”, diz Nistafov. “No meu quinto mês, fui internada no local mais tranquilo e seguro possível, o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hadassah Ein Kerem.”

Então chegou o tão esperado dia do nascimento. A Dra. Noa Ofek-Shlomai, a Neonatologista que ajudou a salvar Ariel, juntou-se à Dra. Kabiri para o nascimento. Com 38 semanas, um garotinho perfeito que eles chamaram de Beiri, hebraico para “meu poço/minha fonte de água”, soltou um choro saudável na sala de parto do Hadassah.

Diz a Dra. Kabiri: “Que dia alegre foi aquele! Chen é sem dúvida um milagre do nosso Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Todos nós temos que amá-lo. Nos sentimos pais ou avós do Beiri, que não poderia ter nascido sem a expertise do Hadassah. Hoje, histórias difíceis como a de Chen podem sim ter finais felizes com um pré-natal intenso e especializado.”