A remoção das flores do arbusto invasivo, Prosopis juliflora, em áreas infestadas por mosquitos no Mali, oeste da África, diminui a população local de vetores em cerca de 60%, de acordo com um novo estudo liderado pelo Dr. Gunter Muller da Hebrew University Hadassah School of Medicine, em colaboração com o Dr. John Beier, entomologista da University of Miami Miller School of Medicine.

Estas plantas fornecem ao mosquito o açúcar que é crítico para sua sobrevivência. O estudo, realizado no Distrito Bandiagara em Mali, é o primeiro de seu tipo a tentar uma manipulação ambiental direta como forma de controlar as populações do mosquito vetor em áreas de risco de transmissão de malária. A remoção dos ramos de flores destes arbustos específicos, descobriram os pesquisadores, também triplicaram a queda na população de fêmeas Anopheles, mais velhas e mais perigosas, que são conhecidas por transmitir a malária para humanos mais frequentemente.

A Prosopis juliflora, nativa da América Central e do Sul, foi introduzida em novas áreas no final dos anos 70 e início dos 80 como uma tentativa de reverter o desmatamento. O resistente arbusto ocupa hoje milhões de hectares do continente africano, incluindo países como Mali, Chade, Nigéria, Etiópia, Sudão e Quênia.

Os pesquisadores concluíram que “pode valer a pena abster-se da introdução de plantas exóticas que tenham o potencial de se tornar invasivas, não somente por causa de seu potencial de impactos negativos no ambiente e formas de vida, mas porque alguns deles podem trazer consequências significativas para a saúde pública e, especificamente, para o aumento da transmissão da malária.”

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