Sarah*, 30, estava grávida de seu segundo filho quando descobriu para seu horror que tinha câncer de mama. Ela deu à luz, fez quimio e radioterapia e passou por uma mastectomia. Aos 50, Fatima* teve uma recorrência do câncer de mama que pensava ter vencido e teve sua segunda mama removida.

Ambas queriam fazer a reconstrução. “Sarah estava ocupada com duas crianças pequenas e queria o método mais rápido e Fatima, que fez uma parada em sua carreira de professora, queria fazer algo mais profundo para si depois de enfrentar o câncer pela segunda vez,” relata a Dra. Neta Adler, Cirurgiã Plástica Sênior do Breast Reconstruction Service do Hadassah Medical Center. “Cada paciente deve tomar a decisão que lhe pareça mais adequada.”

No caso de Sarah, implantes de silicone foram uma boa escolha, mesmo com a possibilidade de substituí-los por causa da deterioração do silicone e um pequeno risco de talvez serem cancerígenos. Fatima escolheu uma opção menos conhecida: uma reconstrução com tecido do próprio organismo. Tecido do abdomen substituiu as mamas e foi implantado com microcirurgia dando à mama implantada suprimento de sangue. O tecido transferido integrou-se ao corpo.

“O efeito é receber uma barriga mais enxuta e mamas que tornam-se parte do corpo,” disse a Dra. Adler. “Se uma paciente ganha ou perde peso, as novas mamas crescem ou diminuem. Apenas algumas sensações são perdidas em relação aos originais.”

Nascida em Jerusalém e graduada na Hebrew University-Hadassah School of Medicine, a Dra. Adler estudou esta complexa cirurgia – que só pode ser realizada nos melhores centros médicos – em uma parceira em microcirurgia  na University of Chicago cerca de sete anos atrás. “Na época, a divulgação desta opção era muito pequena,” explica a Dra. Adler. “Silicone parecia uma boa idéia para muitas mulheres. Subsequentemente, os problemas com silicone surgiram. Hoje, nós temos cinco vezes mais requisições para a cirurgia. Pacientes vem de todo o país. Frequentemente, os centros médicos de seus lugares de origem não tem condições de oferecer a cirurgia.”

A Dra. Adler observa também: “Estamos constatando que as pacientes – particularmente depois do câncer de mama – não gostam da ideia de ter uma substância estranha implantada. Elas frequentemente acham que ter uma barriga mais enxuta é um tipo de compensação por terem perdido uma mama. Fatima, por exemplo, queria sentir-se bem sobre sua aparência. Ela é uma profissional com filhos mais velhos e deu-se de presente uma nova aparência. Sarah tem uma bebê e uma criança pequena e, neste momento, a aparência não é uma prioridade. Ela queria uma reconstrução rápida sem passar por cirurgias mais complexas. No Hadassah Medical Center, nós acreditamos em medicina personalizada e queremos oferecer as mais atualizadas opções para cada mulher.”

Sendo uma mulher jovem, Sarah pode querer ter mais filhos; ela pode realizar a reconstrução com tecido próprio mais tarde, depois de completar sua família.

“Sarah está satisfeita de estar de volta, após o parto, a cirurgia e o enfrentamento do câncer de mama com tão pouca idade,” diz a Dra. Adler.

A Dra. Adler incentive as mulheres a considerar a opção de reconstrução com tecido próprio, disponível nos melhores centros médicos ao redor do mundo;

*os nomes foram modificados para manter a privacidade.