“Nós podemos ajudar sua filha”, disse o cardiologista pediátrico sênior Dr. Julius Golender, do  Hadassah Medical Center, para a mulher que amorosamente segurava o bebê com um buraco na parede do coração.

A “mãe” não o corrigiu, mas como se revelou depois, ela era a tia da criança – não a mãe. Apesar de esta tia ter criado o bebê como se fosse dela, a circunstância criou uma complicação: sendo a tia da criança, ela não tinha a autoridade para assinar os formulários de permissão para a cirurgia.

Tudo teve que ser interrompido, mas a equipe cirúrgica do Hadassah não iria desistir por causa deste obstáculo. Um soldado das Israel Defense Forces que fala árabe foi enviado para a Síria para encontrar o pai da criança e traze-lo para Israel para que ele pudesse autorizar a cirurgia. Depois que os médicos do Hadassah explicaram a ele os procedimentos via Skype, ele assinou os formulários. A cirurgia aconteceu e se provou um sucesso!

Quando os pais biológicos da criança decidiram se divorciar, a mãe deixou o bebê com o pai, que se mudou para morar com a família do irmão. Na época, a esposa do irmão –  a tia que levou a sobrinha ao Hadassah – estava grávida de cinco meses, de seu quinto filho. “Todos aqui sabem que os israelenses fazem as cirurgias complexas que nós não temos na Síria”, conta a tia. “Eu queria salvar essa pobre bebê que me vê como sua mãe”.

Graças ao Dr. Eldad Erez, cirurgião cardiotorácico pediátrico do Hadassah, o sonho da tia se realizou. A anormalidade no coração da bebê, um defeito do septo ventricular (VSD), foi consertada. “Eu já vejo uma diferença enorme”, disse a tia. A bebê já estava se sentando e sorrindo.

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