Certa manhã, Barbara Sofer, Vice Diretora do Hadassah Office em Israel, estava andando pelo átrio do Hadassah Medical Center’s Sarah Wetsman Davidson Hospital Tower quando viu o Prof. Shahar Arzy, Neurologista Senior e Diretor do Computational Neuropsychiatry Laboratory, tomando café com os seus colegas.

“Geralmente eu abordo os médicos do Hadassah para me atualizar sobre histórias”, diz a Sra. Sofer, “mas desta vez foi o Prof. Arzy que me parou. “Quantos anos você tem?” ele me perguntou. “Você fala hebraico?”

Acontece que ele precisava de mais uma pessoa que falasse hebraico e que tivesse mais de 55 anos para participar de um experimento clínico que estava testando um método de prever o início do Mal de Alzheimer.

“Como eu poderia recusar?” diz a Sra. Sofer. “Eu pedi meu café, me sentei, e comecei a responder questões colocadas por um dos jovens pesquisadores, que havia servido anteriormente em uma unidade de inteligência cibernética nas Israel Defense Forces (IDF). O Prof Arzy recrutou alguns desses especialistas em computação habituados a descoberta de segredos inimigos para ajudá-lo a desvendar segredos do cérebro humano.”

Atualmente não existe uma cura para o Mal de Alzheimer, a forma mais comum de demência, que afeta um a cada três idosos. Uma vez que os neurônios no cérebro começam a se deteriorar, o processo não pode ser interrompido. A maior parte das pessoas vai ao médico quando tem a impressão de que estão ficando desorientados. O cenário ideal seria conseguir ser capaz de diagnosticar a doença antes disso.

De acordo com uma pesquisa publicada no Alzheimer’s Research and Therapy, 75 por cento das pessoas com 65 anos ou mais nos Estados Unidos dizem que estariam dispostas a se submeter a um teste que revelasse se eles iriam desenvolver o Mal de Alzheimer. Até agora, não há nenhum teste disponível não invasivo e barato. O Prof Arzy e sua equipe, no entanto, estão desenvolvendo um.

Baseado em um teste de orientação mental personalizado, a técnica avalia a relação entre os participantes e os eventos, lugares e pessoas em seu mundo mental pessoal. Quando os participantes são questionados a cerca de qual entre dois eventos, lugares ou pessoas são mais próximos a eles, uma ressonância magnética funcional (fMRI) mostra o sistema nervoso central funcionando para recuperar a informação.

O primeiro passo na participação da Sra Sofer foi a criação de um teste personalizado para ela pelo pesquisador. Para isso, ele precisou fazer algumas perguntas: Ela conhece a geografia de Israel bem o suficiente para saber se Tel-Aviv ou Haifa ficam mais perto de Jerusalém? Ela saberia dizer se Yitzhak Shamir foi primeiro ministro antes ou depois de Ehud Barak? Quais são os nomes dos filhos dela, os nomes dos seus colegas de trabalho, e o nome do seu dentista?

“A personalização deste teste é um de seus aspectos únicos e contribui para o sucesso do diagnóstico”, explica a Sra Sofer. Se uma pessoa está perdendo sua orientação mental no espaço, tempo ou em relacionamentos, este é um indício dos primeiros sintomas do Mal de Alzheimer.

Quando seu teste personalizado ficou pronto, a Sra Sofer recebeu uma ligação convidando-a a comparecer ao Hadassah’s Neuropsychiatry Laboratory. Pediram-lhe para usar roupas confortáveis e vir com os cabelos lavados.

Uma vez no laboratório, a Sra Sofer se viu diante de uma“gosma” e eletrodos sendo colocados nos cabelos. “O teste era computadorizado, com muitas perguntas que precisavam ser respondidas muito rapidamente”, ela se recorda. “A maior parte foi fácil pra mim, mas algumas foram difíceis”. Uma delas, por exemplo, perguntava se ela se sentia mais próxima de seus colegas do Hadassah do que de certos membros da sua família.

“Meu examinador disse que eu me saí muito bem, mas talvez ele diga isso para todas as vovós que participam do teste”, relata a Sra Sofer. “Eu nunca saberei”, ela acrescenta, “porque os resultados vão para as informações do teste clínico. É a minha contribuição para a ciência”.

“O ponto é”, nota a Sra Sofer, “que o diagnóstico do Mal de Alzheimer permanece sendo um desafio global”. “O diagnóstico antecipado é crítico”, ela diz. “Pode ser a chave fugaz para começar um tratamento efetivo antes que seja tarde demais”. A abordagem inovadora do Prof. Arzy tem sido capaz de detectar que os primeiros sintomas de Alzheimer estão acontecendo, com mais de 90 por cento de precisão. Leia mais sobre o Prof Arzy e sua ferramenta de diagnóstico de ponta.