Tem sido apenas recentemente que os médicos aprenderam como as mulheres que guiam outras mulheres podem melhorar a saúde cardíaca de uma nação inteira, aponta a autora Wendy Elliman na edição de janeiro/fevereiro da Revista Hadassah. Grande parte do crédito em Israel vai para o Centro de Bem Estar Cardiovascular da Mulher Linda Joy Pollin do Hospital Hadassah Ein Kerem.
O Centro Pollin, um ambulatório para mulheres com doenças cardíacas ou com risco de contraí-las, também é uma fonte de inúmeros programas de divulgação comunitária que ensinam as mulheres a manter um estilo de vida saudável para o coração. Além disso, é um centro de pesquisa focado em mulheres que examina as distintas formas em que as mulheres experimentam doenças cardíacas e os fatores que as colocam em risco. Seus projetos comunitários conectam mulheres árabes e ultraortodoxas em particular porque elas estão em maior risco de doenças cardíacas. Os programas do Centro também atingem mulheres em seus locais de trabalho.
Como resultado, as participantes perderam peso, adicionaram exercícios à vida e começaram a cozinhar refeições mais nutritivas para suas famílias e servir lanches mais saudáveis aos seus filhos.
Nisreen Salaymeh Shehada, uma mãe de 49 anos, moradora de Jerusalém Oriental, perdeu 13 de seus 93 quilos. Ela está trabalhando nos próximos 15, além de orientar outros em sua comunidade para um comportamento saudável. Hagit Oster, 58 anos, administradora na Autoridade do Sistema de Aplicação da Lei e da Cobrança do Ministério da Justiça, participou do programa Saúde do Coração no Lugar de Trabalho do Centro Pollin e compartilhou o que aprendeu com os 1.100 funcionários das 26 filiais da autoridade.
“As mulheres tendem a alimentar a família às custas de sí mesmas” comenta a diretora do Centro Pollin Dra. Donna Zwas. Esti Kraus, uma Haredit (ultraortodoxa*) de Jerusalém depois de fazer um curso no Centro Pollin sobre uma vida saudável, observa: “Tem adicionado à minha vida – especialmente em me ensinar a cuidar de mim mesma”.
Shehada comenta: “O empoderamento na nossa comunidade não significa desafiar aos homens. As mudanças são enquadradas para mostrar a eles que nos preocupamos com eles e seus filhos e valorizamos sua saúde.” Um marido, Elliman relata, agora ajuda sua esposa a planejar rotas de caminhada para seu grupo de mulheres, mesmo que essas saídas sem homens geralmente sejam desaprovadas em sua comunidade.
“É extremamente emocionante ter uma oportunidade de influenciar profundamente a saúde de uma nação”, diz a Dra. Zwas. “Por causa das mudanças que as mulheres estão fazendo hoje, podemos esperar uma queda significativa na mortalidade cardíaca daqui a 20 anos.”
Leia o artigo completo de Elliman na Revista Hadassah.
Legenda da foto: O Centro Pollin patrocina programas de saúde e bem-estar no local de trabalho. Foto cortesia de Keren Greenberg.
*Nota do tradutor.