Há oito dias, o bebê Raphael Baruch nasceu em uma sala de parto especialmente montada para sua mãe, que estava em quarentena antes de ser levada às pressas para o Hospital Hadassah Ein Kerem, quando entrou em trabalho de parto. Após o nascimento, a mãe, portadora do coronavírus, foi isolada na enfermaria de surto do Ein Kerem. Seu bebê, não infectado pelo vírus, estava sendo tratado em outra parte do hospital. A mãe mantinha contato com seu bebê, graças a gentileza das enfermeiras e pelas fotos enviadas ao seu computador.
Agora, Raphael Baruch, de oito dias, nomeado em homegem o anjo curador Rafael e a bênção hebraica, fez sua circuncisão, ou brit mila, no hospital. Por causa da restrição nacional à aglomerações, apenas 10 pessoas, incluindo o mohel que fazia a circuncisão, o sandak que segurou o bebê e o rabino chefe sefaradi de Jerusalém, Shlomo Amar, puderam comparecer.
O rabino do Hadassah Moshe Klein, que está em casa em quarentena, relata: “O primeiro mohel sugerido foi entrevistado pelo especialista em doenças infecciosas Prof. Ran Nir-Paz e foi convidado a não ir ao hospital depois que o professor Nir-Paz soube que o os netos do mohel o visitaram no Shabat, havendo o risco de ter contraído o vírus. Um segundo mohel foi questionado e aprovado pelo Prof. Nir-Paz. ” O pai, que permaneceu em casa com os outros filhos, e a mãe, que ainda está hospitalizada, assistiram à cerimônia online.
O rabino Klein enfatizou que essa não é a primeira vez que arranjos especiais são feitos no Hadassah para que pais ou outros parentes assistam a uma cerimônia por não poderem comparecer pessoalmente. “Nós do Hospital Hadassah temos que encontrar muitas soluções criativas que vêm no bojo de uma instituição que lida com as condições médicas mais complexas. Tudo neste brit correu bem. Mazal tov para a família. E, como dizemos, que o pequeno cresça bem, para a Torá, para o casamento e para uma vida de boas ações. ”