A intensidade do seu grito alertou os pais de Elisha Alush de que algo sério havia acontecido ao seu filho de sete anos. Ele entrou correndo do quintal de sua casa perto de Jericho, ao norte de Jerusalem, gritando “meu pé, meu pé”. E então desmaiou.
Os paramédicos correram com ele para o Hadassah Hospital Mount Scopus, a uma hora de distância.
“Quando chegou, Elisha estava em condição crítica”, disse a Dra Tamar Kuperman, médica na Emergency Medicine em Mount Scopus. “Ele estava em um respirador. Sua pressão sanguínea estava alta e instável. Os sintomas eram característicos de envenenamento, mas não sabíamos o que o havia mordido por causa da vermelhidão. Assumimos que fosse de escorpião”.
Por causa da proximidade de Mount Scopus do deserto da Judéia, a equipe da Emergency Room vê mais casos de picadas de escorpião que muitos outros centros, diz o dr David Rekhtman, chefe da Hadassah Mount Scopus Pediatric Emergency Room. “Poderia ter sido um escorpião ou uma viúva-negra. Se fosse a segunda, teríamos que ter mandado trazer a antitoxina por helicóptero, mas temos o antídoto para veneno de escorpião em estoque no Mount Scopus. Vemos pelo menos três casos a cada temporada.”
“Elisha sempre foi uma criança de temperamento moderado”, disse seu pai, Doron Alush. “Sua reação me fez suspeitar de uma picada, então chamamos a ambulância de imediato.” Como vivem em uma área rural, a mãe de Elisha, Merav, dirigiu até a entrada da fazenda, para encontrar a ambulância na rodovia. Neste ponto, a perna de Elisha estava inchando e ele perdia e recobrava a consciência. “Os instintos dela estavam certos sobre a necessidade de tratamento rápido”, disse o Dr Rekhtman. “Por causa das rápidas reações de todos os envolvidos e nossa relativa proximidade, pudemos tratar de Elisha na ‘hora de ouro’. Se ele não tivesse vindo, ele teria morrido, Deus nos livre.”
O Dr Kuperman e o pediatra do Hadassah Dr Daniel Bancovsky estavam esperando por Elisha na entrada da Emergency Room. Ele precisou ser transferido imediatamente para a unidade de tratamento intensivo. A intensivista Dra Charlotte Glieksman conseguiu estabilizar o menino. “Por sorte, o veneno não havia atingido o coração de Elisha”, ela disse, mas ele estava muito mal. “Dentro de um dia conseguimos tirar Elisha do respirador enquanto continuávamos a prover tratamento. Graças ao tratamento eficiente e uma boa reação ao soro antitoxina, Elisha recebeu alta em ótima forma após apenas dois dias no hospital”.
O Prof Yackov Berkun, Diretor de Pediatria no Hadassah Mount Scopus, disse: “Estou muito orgulhoso da nossa equipe no Hadassah. Eles cooperaram completamente com os paramédicos. A Emergency Room e os médicos da Pediatric Intensive Care Unit trabalharam juntos para providenciar o melhor tratamento para esta criança. Sua habilidade de cooperar e trabalhar profissionalmente juntos trouxe à tona estes ótimos resultados para Elisha”.