Muitos pacientes agradecidos estão em casa para as festas, graças à compaixão, cuidados médicos e de enfermagem complexos que receberam no ambiente familiar único do Hospital Hadassah.

Um destes pacientes é Katrina. Imigrante da Moldávia e cuidadora de dois indivíduos com necessidades especiais, Katrina, 46, recebeu o fígado que precisava para salvar sua vida graças aos médicos do Hadassah que venceram aquele último obstáculo para atender o seu caso.

A lista de espera por transplante de fígado em Israel não somente é muito longa – cerca de 1160 pessoas – como um trabalhador estrangeiro como Katrina não é elegível para esta lista, apesar de sua sistuação legal. Quando Katrina ficou muito doente pela primeira vez, sua família encontrou um doador na Moldávia mas quando ele chegou ao Aeroporto Ben Gurion foi mandado de volta porque não tinha feito os testes necessários e recebido permissão do Ministério da Saúde de Israel para realizar a doação de fígado.

A saúde de Katrina continuou a deteriorar-se. Perto de Yom Kipur, o Dia do Perdão, Katrina estava em um estado semivegetativo. Enquanto seu marido, Paul, estava na sala de espera da unidade de terapia intensiva do hospital onde ela estava internada, ele ouviu alguém falando sobre o Prof. Rifaat Safadi, chefe da Unidade de Fígado do Hadassah e de uma máquina que o Hadaasah chamou de MARS ( Molecular Adsorbent Recirculation System ), que lava o sangue do paciente e serve como ponte para o procedimento de transplante. Ele esperava que a MARS poderia dar mais algum tempo de vida para sua esposa.

Katrina foi transferida para o Hadassah e, com tratamento intensivo, recuperou a consciência e superou uma infecção que ameaçava sua vida. A MARS, entretanto, não era suficiente para salvá-la. Ela precisava de um transplante com urgência.

Os medicos do Hadassah foram à luta por ela.

Um dia antes da chegada de Katrina, o Dr. Hadar Merhav, chefe de cirurgia de transplante, transplantou em um cidadão israelense um fígado doado por um turista filipino que morrera em Israel. Ele e toda a equipe de transplante do Hadassah acreditavam que negar um transplante para Katrina era errado. “Uma pessoa trabalhando legalmente em Israel por sete anos, pagando impostos e seguro de saúde e fornecendo um serviço único para os idosos e deficientes não poderia ter negado um cuidado médico capaz de salvar sua vida,” disse o Dr. Merhav, “especialmente tendo em vista a utilização de órgãos doados por trabalhadores visitantes e turistas que morrem em Israel. Medicamente, legalmente e eticamente, Katrina merecia ser colocada na lista.”

O Dr. Merhav convenceu o presidente do comitê de fígado do Israel Transplant Center, que solicitou a ajuda do comitê de direção do centro que ratificou a decisão. Por ser uma situação tão difícil, Katrina foi colocada na primeira posição da lista. “Miraculosamente,” relatou o Dr. Merhav, “em poucas horas um fígado ficou disponível em Haifa.”

O Dr. Abed Khalaileh, Cirurgião Sênior do Hadassah, lembra de viajar a Haifa as duas da manhã para ver o fígado. Houve algumas reservas inicialmente sobre a qualidade do fígado, se seria bom o suficiente para um transplante. Depois de examinar o orgão, entretanto, o Dr. Khalialeh declarou-o “uma beleza de fígado.”

Dr. Merhav começou o transplante de fígado de Katrina em 21 de Outubro às três da manhã. Cinco horas depois, Katrina tinha um novo começo para sua vida.

Katrina recuperou-se na Sarah Wetsman Davidson Hospital Tower e foi capaz de voltar para casa. Esta semana ela celebrou o Natal com sua família em Haifa.

Os Greenfields

Noa e Yiftah Greenfield estavam em férias com sua família na República da Geórgia quando seu jipe derrapou na estrada estreita e caiu em uma ravina. Dr. Josh Schroeder, especialista de cirurgia na coluna no Hadassah Medical Organization, voou para a Georgia para preparar Noa, com o pescoço quebrado, e Yiftah, cuja perna tinha fraturas múltiplas, para viajarem para Israel para uma cirurgia que salvaria suas vidas.

Yiftah, que recuperou-se rapidamente no Hadassah após a cirurgia ortopédica, está em casa acendendo as velas de Chanukah. Noa ainda tem uma longa recuperação e muita terapia de reabilitação pela frente, mas recuperou o uso das mãos, um excelente sinal segundo os seus médicos.

Esta é a estação de celebração de milagres, mas também de lembrarmos que milagres não acontecem no vácuo!