Estava frio e escuro fora do Portão dos Leões na Cidade Velha às 4h da manhã em 13 de março, dia no qual os cidadãos de Jerusalém comemoravam o dia de Purim.

De repente, um terrorista com uma faca de açougueiro pulou dentro da pequena cabine onde estavam dois guardas de fronteira e os esfaqueou. Depois de uma curta luta, um dos oficiais abriu caminho para fora da cabine e atirou no terrorista. Sangrando nas mãos e na cabeça, os dois policiais forma levados com urgência para o Judy and Sidney Swartz Center for Emergency Medicine no Hadassah Hospital Ein Kerem.

O cirurgião plástico do turno da noite, Dr. Stay Sama-Cahan, chamou a cirurgiã de mãos, Dra. Carole Pidhorz. “Logo que os neurocirurgiões afirmaram que poderíamos operar com segurança, nós começamos a trabalhar no oficial cujo ferimento era o mais grave dos dois,” diz a Dra. Pidhorz. “Sua mão esquerda tinha seis ligamentos cortados e três fraturas expostas. Era um ferimento raro ´para uma mão esfaqueada e parecia mais um ferimento produzido por um machado. Isto nos mostrou quão violento foi o ataque.”

Por duas horas, a Dra. Pidhorz e sua equipe repararam as fraturas e os ligamentos. “Felizmente não houve dano significativo aos nervos. Ambos os soldados precisarão de um longo trabalho de reabilitação, mas eu estou convencida de que com força de vontade e suporte eles recuperarão o uso completo de suas mãos.” O segundo policial de fronteira sofreu um corte de ligamento na mão direita.

“Eu conversei com os pais dos soldados”, relata a Dra. Pidhorz. “Eles entenderam como a situação esteve perto, não somente da amputação, mas de levar os seus filhos à morte. A força dos golpes foi muito grande, mas agora a recuperação está, por assim dizer, em suas próprias mãos.”

A Dra. Pidhorz, que estudou Medicina em Angers (France) University School of Medicine, trabalha no Hadassah desde 1995 e hoje chefia o Center for Hand and Microvascular Surgery no Departmento de Cirurgia Plástica do Hadassah. Ela tem vasta experiência no tratamento de ferimentos complexos nas mãos.