O cessar-fogo ainda era provisório quando a mãe de Gaza chegou ao Hospital Hadassah Ein Kerem com sua pequena e doente bebê. Tinha alguma coisa errada com o coração dela, tinham dito para a mãe os médicos de Gaza. Esta mãe já tinha perdido um filho para a doença. O contato foi feito com Hadassah. A organização cristã Shevet Achim tinha arranjado transporte e pagaria a conta.
A bebê frágil, chamada Alma, foi rapidamente levada para a Unidade de Cuidados Cardíacos Críticos. A mãe, exausta do parto, da tensão e da jornada, expressou alívio por estar em Hadassah. A cirurgia foi marcada para o dia seguinte, mas teve que ser adiada quando a condição da pequena Alma piorou.
Acontece que Alma não tinha um único problema no seu coração, mas três malformações graves diferentes. A cirurgia era de alto risco. A equipe da Unidade Cardíaca, sob a direção do Dr. Uri Pollak, a estabilizou. A primeira cirurgia ocorreu na semana passada com bons resultados. O cirurgião cardiotorácico Prof. Eldad Erez disse que a condição de Alma é das mais desafiadoras, mas ela está indo bem.
O chefe da unidade de cuidados cardíacos pediátricos é o Dr. Sagi Gavri, que vive com sua esposa, Orna, e seus dois filhos no Kibbutz Nir Am, do lado israelense da fronteira com Gaza. A deles foi uma das primeiras casas atingidas pelo recente bombardeio desde Gaza e por causa disso está passando por reparos.
“Este tem sido um momento difícil para minha família”, diz o Dr. Gavri, que tratou centenas de crianças palestinas. “Continuamos nosso trabalho de salvar vidas. As crianças não são culpadas.”