O otimismo está associado a benefícios à saúde e à melhor sobrevida entre adultos com mais de 65 anos. Mas e os indivíduos com mais de 85 anos?
Em artigo na edição de 20 de fevereiro do Journais of Gerontology, pesquisadores da Organização Médica Hadassah, do seu Departamento de Reabilitação Geriátrica e do Centro de Cuidados Paliativos relatam sua constatação de que o otimismo está associado à maior longevidade para adultos com mais de 85 anos e até mesmo para aqueles com mais de 90 anos.
Em seu Estudo Longitudinal Jerusalém (1990-2020), os pesquisadores avaliaram a mortalidade durante cinco anos numa amostra representativa da comunidade de indivíduos nascidos em 1920 e 1921. Eles mediram o otimismo geral da turma aos 85 anos e aos 90 anos usando uma escala validada de sete itens tomados da Escala de Bem-Estar Subjetivo para Pessoas Idosas. As quatro questões relativas às expectativas futuras positivas (Op-Future) e três questões relativas a experiências positivas (Op-Happy) também foram analisadas separadamente.
Os pesquisadores fizeram os ajustes para gênero, dificuldade financeira, estado civil, nível educacional, dependência para a realização de atividades da vida diária, atividade física, diabetes mellitus, hipertensão, doença isquêmica do coração, comprometimento cognitivo e depressão. Independente de ajustado ou não em termos dessas circunstâncias, os pesquisadores relatam: “Todas as medidas de otimismo foram significativamente associadas com uma maior sobrevida de cinco anos dos 85 aos 90 anos e dos 90 aos 95 anos”. Além disso, observam, os homens foram “significativamente mais otimistas que as mulheres”
Os autores concluem: “Esses achados corroboram a hipótese de que ser otimista continua a conferir um benefício de sobrevivência, independentemente do avançado da idade”.