Uma experiência clínica sem precedentes foi lançada no Hadassah Medical Center para testar a eficiência do tratamento da Esclerose Multipla (EM) envolvendo várias injeções de células-tronco aprimoradas diretamente no fluido cerebrospinal pode trazer esperança a 2.5 milhões de pacientes ao redor do mundo que sofrem dessa doença neurodegenerativa.

O experimento, sob a direção do Dr. Dimitrios Karussis, chefe do Centro de Esclerose Múltipla do Hadassah, é um amplo estudo duplo-cego randômico, controlado por placebo que contará, ao final, com 48 pacientes portadores de EM. Os pacientes do grupo de controle não saberão se receberam realmente o tratamento ou o placebo, mas o estudo contém um desenho transversal de forma que todos, em algum momento, receberão o tratamento com células-tronco, embora alguns só venham a recebê-lo seis meses depois.

O novo conceito de injetar as células tronco diretamente no líquido espinal visa fazer com que as células circulem por várias áreas danificadas do sistema nervoso central.

“As células-tronco injetadas”, explica o Prof. Karussis, “estão na fase preliminar de maturidade, com o potencial de renovar a mielina danificada, a cobertura do nervo que degenera na EM, assim como suprimir a doença. O processo de regeneração celular”, ele diz, “não apenas prevenirá um futuro ataque de EM, mas também trará uma melhora significativa das funções motoras e cognitivas que foram afetadas anteriormente pela EM, incluindo o caminhar e a memória entre outros. Resultados preliminares do estudo mostram pacientes limitados a cadeiras de rodas voltando a parar sobre suas próprias pernas”.

O Prof. Karussis espera ter a análise interina dos resultados dentro de um ano; o estudo deve estar completo ao final de 2016 ou início de 2017.

“Este é uma verdadeira experiência inovadora em escala mundial.” conclui o Prof. Karussis. “Os vários componentes sem precedentes do experimento, incluindo múltiplos indivíduos, uma técnica única de injeção e  uma dupla injeção são uma eperança para pavimentar o caminho para uma nova forma de tratamento da EM.”