A Profª. Michal Lotem, diretora do Centro de Melanoma e Imunoterapia do Câncer de Hadassah

A MyBiotics Pharma Ltd., uma empresa de microbioma terapêutico, e Hadasit, a companhia de transferencia tecnológica da Organização Médica Hadassah, firmaram um acordo de colaboração e licenciamento para a identificação de terapias baseadas em microbiomas para aumentar assim o sucesso da imunoterapia em pacientes com melanoma. Um microbioma é uma comunidade de microrganismos, como bactérias, fungos e vírus, que habitam um ambiente particular no corpo.

A colaboração combina o know-how e a expertise do Hadassah no tratamento com imunoterapia com as tecnologias  de microbioma propriedade da MyBiotics. A pesquisa conjunta  de dois anos, financiada pela MyBiotics, será conduzida por pesquisadores da empresa e uma equipe de oncologia do recém-criado Instituto do Câncer do Hadassah, liderado pela Profª. Michal Lotem, também diretora do Centro de Melanoma e Imunoterapia contra o Câncer de Hadassah.

A Profª. Lotem comenta: “Durante anos, me esforcei para estudar o que estava impulsionando a sobrevivência a longo prazo de pacientes com melanoma que foram muito além das expectativas. Esta colaboração nos dá ferramentas moleculares e genômicas avançadas para analisar o sucesso do tratamento. Depois de anos estudando como o câncer nos engana, mal posso esperar para traduzir lições do passado para terapias do futuro.”

Nos últimos cinco anos, os estudos têm elucidado a possível contribuição do microbioma para o desenvolvimento do câncer e sua influência na resposta do paciente ao tratamento. Os achados da pesquisa apontaram diferenças entre microbiomas de pacientes que respondem à imunoterapia e aqueles que não respondem. Em modelos animais, ajustar o microbioma ou adicionar metabólitos secundarios, compostos orgânicos produzidos pelas bacterias intestinais, influenciou a eficiência da imunoterapia contra o câncer. Esses achados e outros apoiam o potencial de mudar a composição do microbioma como ferramenta tanto para melhorar a eficácia quanto para reduzir a toxicidade da imunoterapia em pacientes com câncer.

A pesquisa avaliará a composição do microbioma intestinal e metabólitos secundários em até 100 pacientes com melanoma que foram tratados com inibidores de ponto de verificação PD-1/PD-L1. Alguns desses pacientes já apresentaram uma resposta a longo prazo ao tratamento. Usando fezes e amostras de sangue, os pesquisadores identificarão componentes do microbioma que promovem o sucesso do tratamento. David Daboush, o oficial chefe executivo (C.E.O.*) explica: “Nesta colaboração com o Hadassah, aproveitaremos toda a tecnologia de recuperação de microbiomas Super Donor da Mybiotics em combinação com as ferramentas computacionais e preditivas MyLiveIn para desvendar novas camadas de entendimento que permitirão o design de terapêuticas eficazes baseadas em microbiomas.”