Examinando alunos para tracoma no início do século 20.
Examinando alunos para tracoma no início do século 20.

O centenário do Departamento de Oftalmologia do Hadassah Medical Organization é celebrado na edição de maio do American Journal of Ophthalmology  com um artigo escrito pelo diretor anterior, Prof. Jacob Pe’er, e um pelo diretor atual, Prof. Itay Chowers.

Em sua revisão extensiva da história das contribuições do Hadassah para saúde ocular em Israel, os autores explicam como Henrietta Szold, durante sua visita em 1908, ficou tão chocada com as moscas nos olhos de inúmeras crianças, que jurou resolver o problema. As missões médicas que ela orquestrou, contam os autores, culminou no estabelecimento do Hadassah, da  Women’s Zionist Organization of America, com a Sra. Szold como fundadora.

Ao mesmo tempo, os médicos do Hadassah descrevem os primórdios da oftalmologia sob o Império Otomano em 1882, quando o sultão Abdul Hamid II permitiu que os ingleses estabelecessem um hospital para olhos em Jerusalém – o  St. John Eye Hospital de Belém. Hoje o hospital atende as populações palestinas de Jerusalém oriental, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

A história do Hadassah em apoiar países em desenvolvimento também é realçada em profundidade, desde seus primórdios em 1959, quando o Prof. Michaelson “reconheceu a severa necessidade de alguns países africanos por uma força de trabalho de profissionais de oftalmologia”. Como eles relatam:

“Em conjunto com o Ministério Israelense das Relações Exteriores, foi forjada a decisão de exportar médicos para que os países africanos pudessem estabelecer departamentos de oftalmologia. Oftalmologistas do Hadassah abriram ou reabriram 10 departamentos de oftalmologia na África. O primeiro foi em Monrovia, Libéria, seguido por departamentos em Dar es Salaam, na Tanzânia; Blantyre e Lilongwe, Malaui; Kigali e Butare, Ruanda; Adis Abeba, Etiópia; Maseru, Lesoto; Mbabane, Suazilândia (atual Reino de eSwatini); e Nakuru, no Quênia. Era um requisito a qualquer residente do Hadassah comprometer-se a servir na África por dois anos como pré condição para ser aceito no programa de residência”.

Os autores reportam também que 48 oftalmologistas do Hadassah passaram de dois a quatro anos na África, individualmente. Eles examinaram mais de um milhão de pacientes ambulatoriais e realizaram algo como 200,000 operações que salvaram a visão dos pacientes.

Aprecie o artigo completo, e veja como ele traça as contribuições fundamentais do Hadassah para a oftalmologia, tanto em Israel como ao redor do mundo. http://hadassahinternational.org/wp-content/uploads/2018/06/Centennial-Anniversary-of-the-Department-of-Opthamology.pdf