O futuro da medicina já existe em Hadassah. Esta foi a mensagem que o Diretor Geral da Organização Médica Hadassah Prof. Zeev Rotstein transmitiu aos participantes em todo o mundo durante o lançamento em 5 de novembro de “Missão Possível: Os Novos Humanos”, o primeiro episódio das Series de Lives de Inverno de Hadassah Internacional, “Cinquenta tons de saúde: uma jornada para o futuro da Medicina”.

Muitos dos avanços da medicina, explicou o Prof. Rotstein, já fazem parte do arsenal de Hadassah. Peguem por exemplo, os big data, onde a informação médica e os registros do paciente são guardados como dados digitais. Como o Prof. Rotstein apontou, com o uso de algoritmos e inteligência artificial para interpretar os dados do diagnóstico do indivíduo em comparação com o fundo de riqueza de informação guardada sobre sintomas médicos e doenças, os big data se transformam num instrumento poderoso para apontar o diagnóstico do paciente.

Olhando para o futuro, o Prof. Rotstein presume que os médicos não vão ter que depender da sua memória para tratar os pacientes porque terão uma memória coletiva através dos big data. Ele comentou, “Não posso pensar em nenhum terreno médico onde o médico não usará big data. A tomada de decisão, baseada em big data, vai além do cérebro humano.”

Também palco central na medicina do futuro ocupa a telemedicina, disse o Prof. Rotstein. Enquanto visitas médicas por vídeo e o monitoramento remoto dos signos vitais dos pacientes já começou, o futuro verá vários avanços nas capacidades da telemedicina. “Você pode estar conectado continuamente à equipe médica do seu hospital,” ele disse. Por exemplo, imagine uma pessoa que tem um ataque do coração na rua. Automaticamente um alerta será enviado aos serviços médicos de emergência, que despacharão ajuda imediatamente.

Agora imagine um marido e esposa dormidos em casa. Com desconhecimento da esposa, o coração do marido começa a se comportar erraticamente. A esposa recebe uma ligação para pegar seu desfibrilador, para manter ao seu marido vivo enquanto uma ambulância é despachada. Este tipo de telemedicina é “quase disponível”, disse Rotstein. E é sua visão que Hadassah será o primeiro hospital no país a implantar esta tecnologia salva-vidas.

“Sensores de saúde serão tão avançados”, explicou o Prof. Rotstein, “que cada piscar do seu olho, cada fôlego que você toma, será registrado”.

O Hadassah esta atualmente conduzindo o uso de enfermeiras digitais para guiar pacientes oncológicos através dos seus tratamentos e para solucionar problemas dos seus efeitos laterais. Por exemplo, com a ajuda de inteligência artificial, a enfermeira digital pode dar retorno para um paciente que esta sofrendo de náusea. Baseada nos big data referentes à forma particular de câncer e tratamento do paciente, a enfermeira digital sugere uma medicação, encaminha esta informação para uma drogaria e o farmacêutico preenche a receita e envia a medicina para o paciente. Como o Prof. Rotstein admite, “a enfermeira digital não tem que substituir à enfermeira humana, mas a tecnologia amplia o cuidado que um paciente pode receber remotamente.”

No campo cirúrgico, o Prof. Rotstein disse, a robótica autônoma é a onda do futuro. Os médicos do Hadassah, ele contou, estão fazendo parte do desenvolvimento de robótica de ponta. “O uso combinado de robôs e computadores já está aqui,” disse ele.

Outra mudança no horizonte é um novo papel para os hospitais. “O hospital será reservado para aqueles que estão severamente doentes e precisam de certos tratamentos especiais que não podem ser prestados no lar”, disse o Prof. Rotstein. A medicina remota e sistemas digitais avançados vão transformar o lar do paciente num hospital em casa.

Quando interrogado sobre quais doenças deixarão de ser um problema nos 10 próximos anos a partir de agora, o Prof. Rotstein falou sobre os avanços no tratamento da diabetes. Ele predisse que um pâncreas artificial, agora experimental, estará disponível comercialmente nos próximos dois ou três anos. E dez anos?  O Prof. Rotstein espera que sejamos capazes de transplantar células que produzem insulina, que assumirão o papel do pâncreas, desta forma curando a diabetes. O Prof. Rotstein tem crescente otimismo em relação a manufaturar células tronco para criar novas partes do corpo, tais como a mandíbula, os pulmões e mesmo o coração. Os experimentos estão no estagio preliminar, ele disse, mas “temos avançado”.

Há um problema principal para implantar  todos estes avanços médicos. “Assim que as inovações frequentes e as novas tecnologias entram no sistema,” o Prof. Rotstein alerta, “elas aumentam exponencialmente os custos da medicina. E nenhum sistema de cuidado da saúde pública pode cobrir estes custos. Esta é nossa saga moderna,” ele apontou, “onde nossa habilidade para fornecer modernos tratamentos salva-vidas ultrapassa nossa capacidade para arcar com eles.”

Apesar dos desafios, o Prof. Rotstein foi otimista em relação ao futuro da medicina. A OMH, ele disse, “está entre os lideres médicos mundiais, uma liga Ivy internacional de hospitais.” E ele adicionou, “Como o fundador de Hadassah, a Organização Sionista Feminina dos Estados Unidos, a OMH é um grande sonhador”.

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